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... que verbo bom de praticar! Eu consumo, tu consomes ele consome, nós consumimos... Quem de nós não é consumidor? Impossível não sê-lo nos tempos atuais. Nossos antepassados consumiam apenas o que era necessário para a sobrevivência. Consumiam: a matéria prima para transformar em comida, o material para construir o poço e retirar a água, compravam um par de sapatos, 2 mudas de roupa e poucas outras coisas mais. Claro, viviam com pouco conforto, ou melhor, a referência de conforto era outra. Consumiam mais coisas onde não era necessário o pagamento, trocavam entre si serviços e produção. O marketing ainda não tinha nascido e com ele o consumismo. Depois da revolução industrial, a gama de ítens de consumo necessários passou a aumentar, de 1 par de sapatos para 2 ou 3, de 2 mudas de roupa para 4 ou mais e assim foram aparecendo os fabricantes renomados de tudo quanto é tipo de bens. Esses fabricantes passaram a criar suas marcas e nós os ingênuos mortais passamos a tentar consumir tudo ao mesmo tempo... achando, ainda hoje, que tudo que aparece na nossa frente é necessário. Nos tornamos uma sociedade de consumo por impulso e sem saber distinguir a diferença entre a necessidade e o desejo. Como assim? Hoje, quais são nossas necessidades básicas? Ah é. Comida, moradia, vestuário. Tá bom, então o pobre compra arroz, feijão, macarrão, enfim a cesta básica com o salário dele ? Não. Definitivamente não. O pobre (inclusive aquele que não recebe a cesta básica da empresa na qual trabalha ) compra tênis "Ribuk", Danoninho e Coca Cola achando que esses são bens de primeira necessidade só porque aparece todo o dia a propaganda na T.V. O que era desejo virou necessidade para as classes mais pobres deste final de século. Já para a classe média especialmente no Brasil, o que era necessidade virou desejo: a necessidade de se colocar os filhos na escola particular para deixar a escola pública para as classes mais pobres, passou a ser um desejo, muitas vezes difícil de alcançar. A necessidade de se ter a garantia de um tratamento médico ao alcance de todas as camadas sociais ainda é um desejo frustrado em quase todo o mundo. E a moradia então? Consumir é bom? Consumismo de necessidades parece ser saudável. Consumismo de desejos é arriscado.